02 abril 2010

A múmia de Lênin







Mausoléu de Lênin na Praça Vermelha em Moscou

A múmia de Vladmir Lênin, o líder bolchevique fundador do extinto Estado soviético, voltou a ser exposta na Praça Vermelha em Moscou, depois de dois meses de ausência, para os trabalhos de restauração profiláticos que são feitas anualmente.

Lênin foi embalsamado morreu em janeiro de 1924 e, desde então, seu corpo está exposto ao público, em uma urna transparente, numa edificação semelhante a uma pirâmide na Praça Vermelha no Centro de Moscou.


O chefe da equipe, Yuri Denisov Nikolski-acadêmica, vice-diretor do Instituto de plantas medicinais e aromáticas da Rússia, disse que desde 1992, depois do fim da União Soviética, o governo parou de financiar os trabalhos de preservação da múmia de Lênin e as despesas são financiadas ONGs e Fundos científicos.

Neste ano uma equipe mínima foi encarregada do trabalho e embora o tenha realizado a contento, tiverem pouco dinheiro para executar a missão. Por economia não trocaram o terno da múmia, como se fazia regularmente nas restaurações anteriores,até porque a crise econômica tem dificultado, mais ainda, a arrecadação de fundos para a conservação de Lênin. .

O processo de embalsamamento, que retarda a decomposição do cadáver, começa com a lavagem e desinfecção do corpo. As secreções do cadáver, prováveis fontes de doenças, são neutralizadas. Soluções químicas formuladas para matar as bactérias e preservar temporariamente o corpo alterando a estrutura de suas proteínas são injetadas pelas artérias. Os fluidos corporais são drenados





A múmia de Lênin


A múmia de Lênin recebe cuidados adicionais. Ela aparenta estar quase vivo graças a banhos anuais com produtos químicos e retoques diários nas mãos e no rosto, feitos pelos cientistas do Instituto de plantas medicinais e aromáticas.

O mausoléu foi peregrinação obrigatória nos tempos da URSS, e apesar de cada ano fica mais reduzido o número de visitantes, a inusitada e macabra múmia ainda atraem turistas, incluindo os casais que vêm para celebrar o seu casamento na Praça Vermelha.

Ao mesmo tempo, a sociedade russa esporadicamente põe a em discussão a possibilidade de colocar um fim a esse culto, enterrando finalmente o líder comunista.

Lênin não deixou um testamento, mas sua viúva, Nadezhda Krupskaya, opôs-se à exibição da múmia de seu marido e disse que o líder bolchevique queria enterrado juntamente com sua mãe e irmão no cemitério de São Petersburgo Vólkovskoye.

Para a retirada do mausoléu da Praça Vermelha ou a múmia e da necrópole opõe-se fortemente grupos de comunistas radicais, saudosos do antigo regime, que chegaram a fazer vigília, num dos momentos em que se falou em retirar o corpo.

O governo russo alegou recentemente que o corpo de Lênin continuará no mesmo local, até que maioria dos russos expressarem publicamente esse desejo, para evitar um conflito social.

Enquanto isso, no Brasil, a múmia de Sarney preside o Senado.

Um comentário: